"Aqui estamos nós, no final de fevereiro, com pelo menos 576 mil pessoas em Gaza — um quarto da população — a um passo da fome", disse Rajasingham ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), nesta terça-feira (27).
Segundo o portal Al Jazeera, o chefe de assuntos humanitários da ONU observou que se nada for feito "tememos que a fome generalizada em Gaza seja quase inevitável".
Embora os grupos de ajuda humanitária tenham alertado consistentemente que Gaza está mergulhada em uma crise de fome aguda, Israel restringiu ainda mais os esforços para fornecer assistência de produtos básicos ao enclave palestino durante o mês de fevereiro.
Segundo a mídia, grupos de direitos humanos concluíram, inclusive, que Israel está usando a fome como arma de guerra em Gaza.
No dia 7 de outubro do ano passado, o Hamas liderou um ataque a mais de 20 comunidades israelenses, causando cerca de 1,1 mil mortes, deixando quase 5,5 mil feridos e capturando 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram libertados semanas depois em trocas por prisioneiros.
Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e iniciou uma campanha de bombardeios sobre a Faixa de Gaza, impondo também um bloqueio total ao enclave palestino, cortando o fornecimento de água, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível.
Até agora, a ofensiva israelense causou a morte de quase 30 mil palestinos, além de deixar quase 70 mil feridos.