A Comissão Intergovernamental Russo-Brasileira realizou uma reunião em Moscou para discutir a ampliação do fornecimento de fertilizantes ao Brasil. O grupo é presidido pelo primeiro-ministro Mikhail Mishustin e o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
"Os membros da comissão intergovernamental debateram a possibilidade de aumentar o fornecimento de fertilizantes minerais russos. Em 2023, mais de 8 milhões de toneladas de fertilizantes foram enviadas para o Brasil, o que corresponde a 25% de todas as exportações russas deste produto", informou a comissão.
Conforme o vice-ministro para Desenvolvimento Econômico da Rússia, Vladimir Ilichov, os dois países já concordaram em aumentar o comércio bilateral e a variedade de produtos exportados para o Brasil. "Os membros do Conselho Empresarial Russo-Brasileiro organizarão uma missão russa que visitará o Brasil", acrescentou. Só em 2023, o comércio entre a Rússia e o Brasil atingiu US$ 8,4 bilhões (R$ 41,5 bilhões).
Maior volume comercial da história
Em dezembro do ano passado, o volume de negócios entre a Rússia e o Brasil cresceu 80%, atingindo pela primeira vez US$ 1,6 bilhão (R$ 7,8 bilhões), de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior volume de compras da história moderna.
A principal mercadoria de importação foram os derivados de petróleo, em um valor recorde de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,59 bilhões). Como resultado, Moscou se tornou o maior fornecedor da commodity ao país sul-americano. Em segundo lugar, estão os EUA, com 413,5 mil toneladas de produtos petrolíferos. Os Países Baixos ficaram em terceira posição, com 108,6 toneladas.
Só no primeiro semestre de 2023, o Brasil, que é o segundo maior comprador, importou US$ 1,9 bilhão (R$ 9,56 bilhões) em fertilizantes russos. A Índia, com US$ 1,3 bilhão (R$ 6,54 bilhões), aparece em primeiro lugar e, na sequência, estão os EUA, que compraram fertilizantes no valor de US$ 890 milhões (R$ 4,48 bilhões). Em quarto lugar está a China, com US$ 632 milhões (R$ 3,18 bilhões), e em quinto lugar, o México, com US$ 429 milhões (R$ 2,16 bilhões).