A Ucrânia será derrotada pela Rússia se não obter ajuda dos EUA, e os aliados do regime de Kiev se afastarão de Washington.
A afirmação foi feita nesta terça-feira (27) pelo líder democrata do Senado, Chuck Schumer, após uma reunião do presidente dos EUA, Joe Biden, com lideranças do Congresso.
"O consenso na sala foi que [Vladimir] Zelensky e a Ucrânia perderão a guerra se não fornecermos armas rapidamente", disse Schumer aos jornalistas após a reunião.
Schumer afirmou que a ajuda dos EUA à Ucrânia não pode esperar pela aprovação do Congresso, uma vez que Washington não pode permitir que Kiev perca o conflito.
"Na melhor das hipóteses, haverá uma divisão na OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], e os aliados se afastarão dos Estados Unidos", disse o congressista.
Ele acrescentou que há quatro brigadas das Forças Armadas ucranianas ociosas no campo de batalha por conta da falta de armas e munição.
Devido à posição da maioria republicana na Câmara dos Representantes, o Congresso dos EUA ainda não apoiou o pedido da administração Biden de aprovar novos fundos para Kiev. As dotações anteriormente atribuídas terminaram em dezembro do ano passado.
Também após a reunião desta terça-feira (27), o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o congressista republicano Mike Johnson, afirmou que o fornecimento de assistência à Ucrânia não deveria estar no topo da agenda dos legisladores americanos.
"Meu objetivo hoje era expressar a verdade óbvia: as necessidades dos EUA precisam ser atendidas primeiro. Quando se fala sobre isso, é preciso falar sobre uma fronteira aberta [na questão dos imigrantes]. A outra prioridade é financiar nosso governo", disse Johnson aos repórteres.
A Rússia acredita que o fornecimento de armas à Ucrânia interfere nas tentativas de iniciar negociações de paz e envolve diretamente os países da OTAN no conflito.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
Segundo ele, os Estados Unidos e a OTAN estão diretamente envolvidos no conflito, não só pelo fornecimento de armas, mas também pelo treinamento de combatentes em territórios do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
O Kremlin afirmou que inundar a Ucrânia com armas do Ocidente não contribui para as negociações e terá um efeito negativo.