"A maioria dos países disse que os pagamentos em moedas nacionais são o que o BRICS precisa", destacou Chebeskov.
Chebeskov lembrou que o Ministério das Finanças russo defende a criação de uma plataforma digital comum às moedas digitais dos bancos centrais e aos sistemas nacionais de transmissão de mensagens financeiras do BRICS, facilitando a comunicação entre os bancos, canais de pagamento e a transmissão de mensagens independentes.
"De uma forma geral, foi apoiado o conceito de negociação em moedas nacionais e a possibilidade de efetuar pagamentos através de canais independentes", disse ele, que acrescentou que a maioria dos Estados do BRICS também acolheu favoravelmente a ideia de abandonar o dólar no comércio.
A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro. Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo define-se como uma associação de mercados emergentes e países em desenvolvimento, fundada em laços históricos de amizade, solidariedade e interesses partilhados.
No ano passado, o grupo convidou Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã a aderirem. Esses países, exceto a Argentina (que abdicou do grupo com a eleição do atual presidente, Javier Milei), tornaram-se membros plenos também em 1º de janeiro.