Cheia no Acre: 77% dos municípios estão em estado de emergência; 15 mil desalojados ou desabrigados

O município de Brasileia é um dos mais afetados até o momento, de acordo com o governo estadual, com cerca de 75% do território afetado.

A cidade está isolada por via terrestre, e as pessoas só conseguem se locomover por meio fluvial; 15 instituições do município estão alagadas. Na capital, Rio Branco, o nível do rio atingiu 16,50 metros esta semana.

O Rio Purus começou a subir no sábado (24) e atingiu a marca histórica de 11,12 metros na segunda-feira (26). O Corpo de Bombeiros estima que 3,6 mil pessoas tenham sido atingidas pela cheia na região. A elevação do nível do rio ultrapassou a última grande enchente que marcou 10,13 metros em março de 2021.

O Palácio do Planalto informou por nota que mais cedo, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, reiterou ao governador do Acre, Gladson Cameli, ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, a disposição do Executivo de garantir a necessária assistência emergencial humanitária à população acriana e o restabelecimento e reconstrução dos municípios atingidos.

O governo federal está apoiando o estado do Acre com ações de cinco ministérios e nove instituições vinculadas para o enfrentamento da crise climática.

A solicitação de recursos pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Além de socorro e assistência às vítimas, há repasse de recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura ou moradias destruídas ou danificadas por desastres.

A cheia afeta ainda o norte da Bolívia, que passa pelas piores inundações desde 2012.

O município, na fronteira com o Brasil, junto com outros 80 afetados na Bolívia, foi inundado pelo transbordamento dos rios, abrigando cerca de 80 mil habitantes.