"Esta mesma declaração chocou seus aliados da OTAN. Logo, algumas horas depois, foi feita uma série de declarações pela liderança dos países da OTAN, ministros das Relações Exteriores, ministros da Defesa, que disseram que eles [...] se desassociam desta declaração de Macron. Que eles mesmos não planejam nada disso, não planejam enviar ninguém e entendem que isso já será uma uma história diferente", disse Zakharova.
Segundo a diplomata, entre seus próprios parceiros, aliados e amigos, "ninguém entendeu" por que Macron fez tal declaração.
"Com a pausa financeira de Washington [de assistência a Kiev], ele forneceu uma certa ajuda político-informacional à Casa Branca, para investir ao menos alguma coisa em apoio ao regime de Kiev", explicou Zakharova uma das versões do motivo da fala de Macron que circulam na mídia ocidental.
O presidente da França, Emmanuel Macron, comentou anteriormente que os líderes dos países ocidentais haviam debatido a possibilidade do envio de militares à Ucrânia. Ele admitiu que não havia consenso sobre o assunto, mas que a situação poderia mudar.
Ontem (27), o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov disse que, se as tropas forem enviadas, "teremos que falar não sobre a probabilidade, mas sobre a inevitabilidade de um confronto direto entre a Rússia e a OTAN".