Segundo Miller, não há intenção dos Estados Unidos em enviar militares para apoiar o regime do presidente Vladimir Zelensky, cada vez mais acuado diante da falta de efetividade nas zonas de combate.
"As outras nações decidirão o que desejam fazer. Mas em nome dos EUA, o presidente deixou claro que não haverá presença militar americana em solo", disse.
O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, também reiterou que o país não vai enviar soldados para lutarem junto com as tropas de Kiev, assim como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
"A OTAN não é e não será parte do conflito. Isso continuará no futuro. Não queremos que se transforme em uma guerra entre a Rússia e a OTAN. Nisso estamos unidos com todos os nossos aliados. Isso também significa: nenhum envolvimento da Alemanha na guerra. E posso dizer diretamente: como chanceler, não enviarei soldados das Forças Armadas alemãs para a Ucrânia!", disse.
Polêmica começou após declaração de Macron
O presidente da França, Emmanuel Macron, chegou a anunciar nesta semana que a União Europeia havia concordado em intensificar o fornecimento de mísseis de médio e longo alcance à Ucrânia. Macron também afirmou que a França fará de tudo para que a Rússia "não vença".
Segundo ele, os líderes das nações ocidentais discutiram a possibilidade de enviar tropas ao país, mas ainda não alcançaram um consenso. Pouco depois das declarações de Macron, o chanceler da Alemanha e o ministro da Defesa, Boris Pistorius, afirmaram que Berlim não enviará militares e que os países da OTAN como um todo não pretendem fazê-lo. Além disso, o chanceler novamente declarou que não há planos para entregar mísseis de cruzeiro Taurus de longo alcance à Ucrânia.
Já o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, declarou na última terça-feira (27) que o possível envio de tropas por países ocidentais à Ucrânia aumentará o risco de um confronto direto entre OTAN e Rússia.
Moscou ainda considera que suprimentos de armas para a Ucrânia atrapalham o processo de paz, envolvem diretamente os países da OTAN no conflito e são "brincar com fogo".