Anteriormente, os senadores do Partido Republicano não estavam dispostos a discutir um cenário de diálogo entre Kiev e Moscou para pôr fim ao conflito, que, segundo o Kremlin, pode ser ainda mais alimentado pelos esforços do Ocidente para avançar com a sua ajuda à Ucrânia.
A agência de notícias citou o senador republicano Marco Rubio, vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado, dizendo que "a realidade que temos que enfrentar neste momento é que a guerra termina com um acordo negociado".
A opinião de Marco Rubio foi ecoada por seu colega J.D. Vance, que disse que "é provavelmente aí que tudo acaba", chamando um acordo negociado de o resultado mais provável do conflito.
"Ninguém consegue me explicar como isto termina sem algumas concessões territoriais relativas às fronteiras de 1991", acrescentou Vance, em um aparente aceno à Ucrânia.
O Politico lembrou neste sentido que a posição atual dos membros do Partido Republicano era impopular há apenas alguns meses, quando esses legisladores se recusaram a discutir a possibilidade de que "a Ucrânia possa ter de abdicar de algo, incluindo território", para pôr fim ao impasse.
As observações dos legisladores surgem em meio à contínua oposição do presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, a uma votação sobre o envio de mais ajuda dos EUA à Ucrânia, enquanto as tropas russas continuam avançando após a libertação da importante cidade de Avdeevka.
Falando aos repórteres após a reunião dos quatro principais líderes do Congresso com o presidente Joe Biden na Casa Branca na terça-feira (27), Johnson afirmou ter dito ao grupo e ao presidente que os republicanos da Câmara queriam ver ações para resolver a crise da fronteira sul antes de agir sobre a nova ajuda dos EUA à Ucrânia no valor de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 297,2 bilhões). "Devemos primeiro cuidar das necessidades dos [Estados Unidos da] América", destacou o presidente da Câmara.