O comandante em chefe das Forças Armadas da Ucrânia acusou na quinta-feira (29) certos comandantes do front de cometerem erros de cálculo, o que não poderia deixar de afetar a "sustentabilidade da defesa".
"A situação na área de operação das forças de defesa da Ucrânia continua difícil. […] A situação é particularmente tensa nas direções de Avdeevka e Zaporozhie", apontou Aleksandr Syrsky.
"Durante as operações de certos comandantes foram encontrados alguns erros de cálculo na gestão da situação no front, o que afetou a estabilidade da defesa em determinadas direções", afirmou ele.
Na noite de 17 de fevereiro, Syrsky deu a ordem de abandonar Avdeevka. Durante um discurso na Conferência de Segurança de Munique, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, atribuiu a culpa pela retirada das forças ucranianas à falta de assistência suficiente do Ocidente e a uma "escassez artificial" de munição.
Anteriormente, o Pentágono declarou que os militares ucranianos, sem a ajuda renovada dos EUA, teriam que decidir quais cidades seriam capazes de manter. O projeto de lei que prevê, entre outras coisas, mais de US$ 60 bilhões (R$ 298,96 bilhões) para Kiev, foi aprovado pelo Senado dos EUA, mas está parado na Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso do país.
A Rússia acredita que as entregas de armas à Ucrânia e o treinamento de seus militares impedem um acordo e envolvem diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito, que "brincam com o fogo". Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, notou que qualquer suprimento que contenha armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para a Rússia.