A sepultura data de 750-800 d.C. e está repleta de artefatos de barro que foram enterrados como oferendas. Além disso, ao lado do corpo foram colocados um conjunto impressionante de objetos de ouro, incluindo cinco peitorais, dois cinturões de contas de ouro, quatro pulseiras, dois brincos que retratam figuras antropomórficas, cinco brincos feitos de dentes de cachalote cobertos de ouro, um conjunto de flautas de osso e vários outros itens.
A pesquisadora Julia Mayo, diretora da Fundação El Caño e do projeto arqueológico, explicou que esta coleção poderia ter pertencido a um homem adulto de alto status, escreve The History Blog.
Túmulo descoberto no Panamá da cultura pré-hispânica Coclé cheio de artefatos de ouro e cerâmica
© Foto / Ministério da Cultura do Panamá
Ela observou também que o túmulo foi construído em torno do ano 750 d.C. e pertence a um grande nobre, mas também de outras pessoas que morreram para acompanhá-lo para o "pós-morte".
Explica-se que a escavação ainda não está concluída, portanto, não se pode determinar no momento quantas pessoas foram enterradas com ele, o que se sabe é que ele foi enterrado de cara para baixo, uma maneira comum de enterro nesta sociedade, em cima do corpo de uma mulher.
Situado a cerca de 160 km a sudoeste da Cidade do Panamá, o local de El Caño foi descoberto ainda nos anos 70 do século XX, quando tratores levantaram do solo artefatos de Coclé. A necrópole de El Caño foi construída por volta de 700 d.C. e abandonada por volta de 1000 d.C.