Panorama internacional

Após insinuar envio de tropas à Ucrânia, Macron diz que 'não é hora de ser covarde na Europa'

Líder francês está em Praga para discutir apoio de armas para Kiev. Declaração acontece após Macron discutir, em uma cúpula de líderes na semana passada, a ideia de enviar tropas para território ucraniano.
Sputnik
Nesta terça-feira (5), o presidente francês Emmanuel Macron disse que é hora de os aliados da Ucrânia se manifestarem, enfatizando que agora não é o momento para ser covarde.

"Certamente estamos nos aproximando de um momento na nossa Europa em que será apropriado não ser covarde", afirmou Macron aos expatriados franceses que vivem em Praga.

Em referência à operação russa na Ucrânia, o presidente acrescentou que a França e a República Tcheca estavam "bem conscientes de que a guerra está de volta ao nosso solo [europeu], que algumas potências que se tornaram imparáveis estão a estender todos os dias a sua ameaça de atacar ainda mais, e que teremos que viver à altura da história e da coragem que ela exige".
Mais tarde, segundo a agência Reuters, responsáveis franceses foram enviados para explicar que Macron queria estimular o debate e que as ideias em discussão envolviam tropas não combatentes em funções como desminagem, proteção de fronteiras ou treino de forças ucranianas.
Os comentários do líder francês acontecem após ele ter levantado a hipótese de enviar tropas ocidentais para território ucraniano. As declarações causaram frenesi entre países aliados que se posicionaram em diferentes momentos contra a proposta, principalmente a Alemanha. O Kremlin, por sua parte, ressaltou o forte risco de uma escalada na situação caso o Ocidente continue seu esforço para minar e isolar a Rússia.
Panorama internacional
Não queremos que o conflito na Ucrânia se transforme em guerra entre Rússia e OTAN, diz Alemanha
A mídia afirma que, durante a sua visita a Praga, Macron deverá também discutir o apoio aos planos anunciados no mês passado pela República Tcheca, apoiada por Canadá, Dinamarca e outros, para financiar a compra rápida de centenas de milhares de munições de países terceiros para envio à Ucrânia.
Kiev está criticamente com falta de munições de artilharia enquanto as suas tropas tentam conter as forças russas que estão novamente avançando em ofensiva no Leste.
Comentar