Panorama internacional

Israel rebate novo pedido da África do Sul em Haia e diz que país 'explora a Corte em nome do Hamas'

Pretória instou a CIJ a impor "medidas provisórias adicionais" ou modificar as medidas indicadas em sua decisão de janeiro com urgência e sem a realização de audiência devido à "emergência" da situação em Gaza.
Sputnik
Após a África do Sul solicitar novamente à Corte Internacional de Justiça (CIJ) que tome medidas contra Israel, Tel Aviv acusou Pretória de explorar a Corte em favorecimento do Hamas.
"A África do Sul continua a agir como o braço legal do Hamas em uma tentativa de minar o direito inerente de Israel de se defender e dos seus cidadãos, e de libertar todos os reféns. Os repetidos pedidos de medidas provisórias feitos pela África do Sul para ajudar o Hamas são mais uma exploração cínica da Corte Internacional de Justiça em Haia, que já rejeitou duas vezes as tentativas infundadas de negar a Israel o seu direito e obrigação de autodefesa", afirmou o Ministério das Relações Exteriores israelense nesta quinta-feira (7) segundo a Reuters.
O país sul-africano pediu em janeiro à CIJ que declarasse que Israel estava cometendo genocídio na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que ordenasse a Tel Aviv a interromper sua campanha militar no enclave. Em vez disso, o tribunal emitiu uma ordem mais geral para que Israel se certificasse de impedir atos de genocídio.
O país africano pede agora ao principal tribunal da ONU que ordene novas medidas, visto que, em sua concepção, Israel está violando medidas já em vigor.
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África do Sul pede que a CIJ imponha 'urgentemente' novas medidas contra Israel
Pretória afirmou que as pessoas em Gaza enfrentam a fome e pediu à Corte que ordene que todas as partes cessem as hostilidades e libertem todos os reféns e detidos.

"Israel age e continuará a agir de acordo com o direito internacional, inclusive facilitando a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, independentemente de quaisquer procedimentos legais. Apelamos à CIJ para que rejeite imediatamente o novo pedido dos representantes do Hamas", afirmou o MRE israelense em resposta.

No final de fevereiro, a ONU informou que 25% da população no enclave "estava a um passo da fome". Pelo menos 30.717 palestinos foram mortos e 72.156 feridos em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde do enclave. O número de mortos em Israel é de cerca de 1.300 e 250 sequestrados.
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