Os ataques vêm ocorrendo a prédios públicos desde o fim de semana por gangues armadas que invadiram duas prisões em Porto Príncipe, libertaram mais de 3 mil presos e mataram guardas e policiais. Os grupos armados, que controlam cerca de 80% da capital haitiana, exigem a saída do primeiro-ministro Ariel Henry, no cargo desde a morte de seu antecessor, Jovenel Moïse, assassinado em 2021.
Ontem o governo do Haiti prorrogou por um mês o estado de emergência na região Oeste, dada a crise de insegurança e violência que o país enfrenta.
"O governo da República […] estabelece estado de emergência em todo o departamento Oeste pelo período de um mês, de quinta-feira, 7 de março, até quarta-feira, 3 de abril de 2024", informou o governo em comunicado.
Também foi prorrogado o toque de recolher em todos os departamentos até 10 de março, "a fim de restabelecer a ordem e tomar as medidas adequadas para recuperar o controle da situação".
A decisão ocorreu depois que o estado de emergência e o toque de recolher de 72 horas, decretados no dia 3 de março, expiraram nesta quinta-feira (7).
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), o porto da capital haitiana é hoje "a única forma de transportar alimentos e medicamentos para organizações humanitárias e de desenvolvimento" para a ilha caribenha.