"Assim como Hillary Clinton, Haley aposta em grandes empresas, grandes bancos, e elas até compartilham o histórico de terem feito fortuna como palestrantes de importantes grupos de lobby, algo que sempre causa muita suspeita porque todos sabem que essas taxas e doações são inflacionárias e sempre escondem implicitamente um co-pagamento", detalha Bía.
"É verdade que a popularidade de Trump entre os eleitores republicanos continua elevada, e que o partido continua girando em torno das suas posições. No entanto, considerando que a maioria de seus candidatos foram derrotados nas eleições de meio de mandato, e com os problemas judiciais que se acumulavam, quer se considere justos ou parte de uma estratégia de lawfare do governo Biden, a verdade é que houve abertura para um candidato republicano destituir Trump e manter a nomeação", explica Bía.
"No entanto, apesar de todos estes apoios, a mensagem belicista e intervencionista de Haley não se conectou com os eleitores, que ainda se lembram das invasões desastrosas no Oriente Médio que o então presidente George W. Bush promoveu após o 11 de Setembro. E simplesmente já não há mais desejo de Washington continuar a desempenhar o papel de polícia mundial. O mundo mudou e os próprios Estados Unidos mudaram. Só que Haley e os seus patrocinadores não querem ver isso", concluiu o especialista.