Panorama internacional

Os EUA 'não pagarão as contas de segurança em nosso lugar', diz premiê da Hungria sobre a Europa

Viktor Orbán recordou as palavras do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que se expressou contra o financiamento da "segurança da Europa em vez dos europeus" ainda em 2016.
Sputnik
Os países europeus devem alocar dinheiro para as suas Forças Armadas porque não serão os EUA a pagar as contas de segurança dos europeus, disse o primeiro-ministro da Hungria.
"Devemos observar que chegou uma nova era de armamento na Europa. Os americanos não pagarão as contas de segurança em nosso lugar. Todos os países europeus precisam fazer sua parte, inclusive financeiramente", declarou Viktor Orbán em uma entrevista ao canal húngaro M1, divulgada no domingo (10).
Ele lembrou as palavras de Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), que disse em 2016 que "não quer financiar a segurança da Europa em vez dos europeus" e que estes deveriam financiar as Forças Armadas e comprar equipamentos por conta própria ou pagar "o preço da segurança aos americanos".
"Todos os países europeus deveriam ter seu próprio Exército e equipamentos, e deveríamos ser capazes de defender nosso próprio país ou contribuir para a capacidade militar geral da aliança", disse Orbán.
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Ele reconheceu que é um "grande fardo", e que a própria Hungria está tendo dificuldades em conseguir dinheiro para modernizar seu Exército, mas que, com a eclosão do conflito na Ucrânia, ficou claro que já "passou o tempo" em que os governos podiam destinar pequenas quantias do orçamento para a defesa.
Anteriormente, o premiê húngaro disse que Budapeste precisa aumentar a capacidade militar do país agora. Segundo ele, somente um Exército nacional forte pode garantir a segurança do país, e a Hungria vai se empenhar seriamente nessa tarefa durante a próxima década, já que os países europeus não podem depender apenas dos EUA para a defesa.
É esperado que Trump seja declarado o candidato republicano na eleição presidencial dos EUA de novembro de 2024, onde deverá enfrentar o atual mandatário democrata Joe Biden. A expectativa é que uma vitória de Trump o leve a exigir mais autossuficiência militar por parte dos países europeus.
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