Ao anunciar o envio, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse que a assistência ajudaria as tropas ucranianas em um primeiro momento, uma vez que elas estavam sendo forçadas a "racionar" as suas munições no conflito com a Rússia.
"Já estamos vendo os efeitos no campo de batalha", disse Sullivan, acrescentando que essa é uma assistência que Kiev "precisa desesperadamente" para se manter contra os russos, escreve a agência Bloomberg.
O novo pacote incluirá armas antiblindados e antiaéreas, bem como munições de artilharia. O equipamento poderá chegar a Kiev dentro de alguns dias, segundo as autoridades ouvidas pela mídia.
O financiamento veio de economias de custos imprevistas de contratos do Pentágono, que seriam usadas para munições de artilharia e Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars, no acrônimo em inglês).
"Conseguimos utilizar essas poupanças de custos para disponibilizar agora mesmo esta modesta […] assistência de segurança, sem afetar a prontidão militar dos EUA […]."
No entanto, Sullivan sublinhou que "essa munição manterá os canhões da Ucrânia disparando por um período, mas apenas por um curto período. Não é nem de longe suficiente para satisfazer as necessidades do campo de batalha da Ucrânia", afirmou.
A Casa Branca tem lutado para encontrar formas de enviar mais assistência militar, dada a situação no campo de batalha e a resistência ao financiamento por parte dos republicanos.
Os legisladores republicanos não reagiram ao pedido do presidente Joe Biden de ajuda adicional ao país do Leste Europeu, procurando usar os fundos como alavanca para extrair concessões para a política de imigração dos EUA, escreve a Bloomberg.
O impasse na Ucrânia está "mudando a dinâmica" do conflito em favor de Moscou, disseram agências de inteligência dos EUA aos senadores ontem (11). Ao mesmo tempo, as forças ucranianas veem risco de a Rússia romper a defesa ucraniana até o verão europeu.
O último envio de ajudar militar dentro do orçamento do Congresso norte-americano à Ucrânia ocorreu em dezembro de 2023, quando os recursos para reposição de estoques caíram a zero.
Os líderes das agências de inteligência dos EUA pressionaram urgentemente os membros da Câmara dos Representantes nesta terça-feira (12) a aprovarem assistência militar adicional à Ucrânia, dizendo que isso não só impulsionaria Kiev enquanto luta contra a Rússia, mas também "desencorajaria a agressão chinesa".