Em uma coletiva de imprensa conjunta em Berlim com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, os líderes verbalizaram a decisão, segundo a agência britânica Reuters.
"Usaremos os lucros inesperados dos ativos russos congelados na Europa para apoiar financeiramente a compra de armas para a Ucrânia", disse Scholz nesta sexta-feira (15) ao listar os esforços da União Europeia para aumentar o apoio a Kiev.
Macron, que em fevereiro sugeriu o envio de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o território ucraniano, também declarou seu apoio.
"Faremos tudo o que for necessário durante o tempo que for necessário para que a Rússia não possa vencer esta guerra. Esta determinação é inabalável e implica a nossa unidade", disse.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já havia apelado no mês passado ao bloco para considerar o uso desses lucros a fim de "comprar em conjunto equipamento militar para a Ucrânia", conforme noticiado.
Espera-se que a comissão apresente uma proposta concreta nos próximos dias, escreve a mídia.
O roubo de ativos russos congelados pelo Ocidente exigirá uma resposta simétrica de Moscou, já advertiu Vyacheslav Volodin, presidente da Duma da Rússia.
"Vários políticos europeus, liderados por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, buscando manter seus assentos e com base na má situação financeira de seus estados, à qual conduziram, começaram novamente a falar sobre roubar os fundos congelados de nosso país para continuar a militarização de Kiev às suas custas. Tal decisão exigirá uma resposta simétrica da Federação da Rússia", disse Volodin no final do ano passado.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou o plano para confiscar ativos russos congelados para ajudar a reconstruir a Ucrânia como "a pirataria do século XXI".