Panorama internacional

China reforça relações com Angola enquanto BRICS promete abrir caminho para um mundo multipolar

A China e Angola anunciaram nesta sexta-feira (15), que estão elevando o nível de suas relações diplomáticas para uma parceria estratégica de cooperação abrangente, uma vez que 2024 deverá ser um ano histórico para o desenvolvimento econômico no Sul Global.
Sputnik
O anúncio foi feito durante uma reunião entre o presidente angolano João Lourenço e o presidente chinês Xi Jinping em Pequim. Os líderes anunciaram que as relações bilaterais seriam elevadas ao nível de "parceria estratégica de cooperação abrangente". Foi discutida a cooperação nas áreas de comércio, infraestrutura, agricultura e desenvolvimento ecológico.

"A cooperação mutuamente benéfica entre a China e Angola [...] dissipa a noção propagada por alguns meios de comunicação ocidentais de a China praticar uma 'diplomacia de armadilha da dívida'", escreve o jornal chinês Global Times. Algumas autoridades dos EUA têm usado o termo para acusar a China de explorar os países africanos com pacotes de empréstimo onerosos.

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Mas os líderes africanos têm repetidamente expressado respeito pela China como um grande exemplo de sucesso de crescimento e progresso no mundo em desenvolvimento, indica o jornal.
A atualização dos laços ocorre depois que quase três dezenas de países manifestaram interesse em ingressar no bloco BRICS em 2024, do qual a China e a Rússia fazem parte. A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, disse que 34 nações mostraram interesse em se tornarem membros da organização.
"Nossa expectativa é mobilizar mais investimento e cooperação, especialmente dos setores privados para o nosso país na agricultura, industrialização e desenvolvimento sustentável", disse Luís Cupenala, chefe da Câmara de Comércio Angola-China, que saudou a atualização das relações.
O BRICS é uma aliança econômica formada em 2009 pelos líderes do Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul aderiu pouco depois; o Egito, a Etiópia, o Irã e os Emirados Árabes Unidos aderiram à organização em 1º de janeiro deste ano.
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