Em comunicado divulgado na terça-feira (19), o Hezbollah detalhou suas operações militares, que incluíram ataques a posições estratégicas no setor oriental e ocidental da região.
No setor oriental, o grupo relatou que seus combatentes bombardearam uma reunião de soldados do Exército israelense na colina de Al-Tayhat, além de atacar as áreas de Ruwaisat Al-Qarn e Zibdin na zona ocupada.
No setor ocidental, os alvos foram Birkat Risha e Hadab Yarin.
Os ataques representam mais um capítulo nos confrontos entre o Hezbollah e as Forças de Defesa de Israel (FDI) ao longo da fronteira.
O número de operações realizadas pelo grupo nos últimos cinco meses e meio atingiu o total de 1.228. Os confrontos recentes ocorrem em meio ao conflito na Faixa de Gaza, agravado em outubro passado.
Desde então, os bombardeios israelenses contra áreas fronteiriças no Líbano aumentaram, resultando na morte de civis, incluindo crianças. Em retaliação, o Hezbollah intensificou suas operações, alvejando posições e assentamentos israelenses.
A situação tensa tem provocado preocupações crescentes, tanto no Líbano quanto em Israel. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, alertou anteriormente que as ações do Hezbollah estão levando a uma situação crítica e que Tel Aviv está considerando suas opções militares em resposta à agressão.
As tensões têm raízes profundas e são alimentadas por questões territoriais, políticas e religiosas na região. O Hezbollah, grupo xiita apoiado pelo Irã, tem sido uma força poderosa no Líbano e uma "pedra no sapato" para Israel há décadas.