Panorama internacional

Comitê Olímpico barra atletas russos de participarem de cerimônia de abertura dos Jogos de Paris

Mesmo que participem sob uma bandeira neutra, sem afiliações com sua pátria, atletas russos não poderão participar da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, decidiu o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira (19).
Sputnik
Atletas Neutros Individuais (AIN, na sigla em francês) "não participarão do desfile de delegações e equipes durante a cerimônia de abertura, uma vez que são atletas individuais", disse James Macleod, diretor de Relações com os Comitês Olímpicos Nacionais e de Solidariedade Olímpica do COI.
A decisão é uma das muitas anunciadas nesta terça em relação aos AIN. A bandeira pela qual devem competir e o hino que tocará caso obtenham alguma medalha foram decididos. Além disso, suas vitórias não contarão no quadro de medalhas.
Segundo o COI, um máximo de 55 atletas de cidadania russa e 28 belarussos poderão participar como AIN, desde que se abstenham de qualquer representatividade nacional e de suas federações olímpicas e não se pronunciem sobre o conflito ucraniano.
Até agora, 12 esportistas russos e 8 belarussos concordaram com as demandas do COI. Em comparação, 330 atletas representaram a Federação da Rússia nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020.
Segundo Stanislav Pozdnyakov, presidente do Comitê Olímpico da Rússia, as condições do COI são inaceitáveis para a grande maioria dos atletas russos.
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Rússia e aliados celebram os Jogos da Amizade

Em resposta às sanções do COI, a Rússia e seus aliados celebrarão os Jogos Mundiais da Amizade entre os dias 15 e 29 de setembro, em Moscou e Ekaterinburgo.
A capital russa sediará 28 modalidades, enquanto a cidade dos Urais sediará competições de natação, mergulho, nado sincronizado, judô, atletismo e basquete (entre equipes femininas).
Anteriormente, o COI publicou uma declaração em que pedia a atletas e governos que se recusassem a participar da iniciativa russa. Agora o comitê voltou atrás e disse que não vê os Jogos da Amizade como uma ameaça.
"Nossa declaração está relacionada à politização dos esportes. As Olimpíadas não são um evento político, portanto 206 CONs [comitês olímpicos nacionais] participam dela. Com essa declaração, queríamos afirmar uma clara posição em relação à politização dos esportes e destes Jogos", disse Macleod.
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