Segundo o ministro, a relatoria do caso está nas mãos do também ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que seguirá trabalhando em conjunto com a Polícia Federal (PF).
Durante o pronunciamento, Lewandowski fez questão de pontuar que as investigações ocorrem em segredo de Justiça e que muito em breve a população terá novidades acerca dele.
"Nós sabemos que esta colaboração [delação] premiada traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco", cravou o ministro.
O trabalho da Polícia Federal contou com a participação do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, que, segundo o chefe da pasta de segurança, trabalharam dentro de suas atribuições.
"Muito em breve teremos o resultado do que foi apurado pela ação da PF, que em um ano chegou a resultados concretos nesta situação [do caso Marielle]", destacou.
Investigações no STF
O envio do caso ao STF ocorreu após a delação premiada de Ronnie Lessa à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR), no final de janeiro. Ele está preso desde 2019, juntamente com o ex-policial militar Élcio de Queiroz. Lessa é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso estava tramitando antes, encaminhou o procedimento após as novas revelações por entender que o STF seria o foro adequado.
O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou seis anos no dia 14 de março. Por volta das 21h00, o veículo que transportava Marielle, Anderson Gomes e a assessora Fernanda Chaves foi emparelhado na região central da capital fluminense, no bairro Estácio, por um Chevrolet Cobalt prata clonado.
A janela traseira do veículo em movimento foi aberta, e 13 tiros de uma submetralhadora MP5 foram disparados contra a parlamentar carioca, dos quais cinco a atingiram. Três deles acertaram o condutor.
Marielle trabalhou como assessora do atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), então deputado estadual, Marcelo Freixo, por dez anos até ser eleita vereadora, em 2016, pelo Psol.