Em uma entrevista ao GB News britânico divulgada na terça-feira (19), Trump repetiu comentários que provocaram alvoroço tanto no país como no exterior no mês passado.
Defendendo os comentários de fevereiro, o republicano disse que não se importava se seus adversários políticos os usassem contra ele no período que antecederá as eleições de 5 de novembro, nas quais enfrentará o presidente democrata Joe Biden, um firme apoiante da OTAN.
"Não me importo se eles usarem [os comentários], porque o que estou dizendo é uma forma de negociação. Por que deveríamos proteger esses países que têm muito dinheiro se os Estados Unidos estavam pagando pela maior parte da OTAN?", disse Trump ao entrevistador Nigel Farage.
O ex-presidente tem frequentemente apontado o fracasso de muitos dos 32 membros da OTAN em cumprir uma meta de gastos com defesa de, pelo menos, 2% do produto interno bruto (PIB). Os militares norte-americanos constituem o núcleo do poder militar da aliança.
As estimativas da organização mostram que apenas 11 membros estão gastando no nível da meta. Questionado se os EUA defenderiam os aliados da OTAN se começassem a "pagar as suas contas adequadamente", Trump disse:
"Sim. Mas os Estados Unidos deveriam pagar a sua parte justa, e não a parte justa de todos os outros." Em seguida, o entrevistador perguntou: "Então se eles começarem a jogar limpo, a América estará lá?" "Sim, 100%", respondeu Trump.
Após os comentários do republicano em fevereiro, o chefe da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que esperava de 18 aliados que atingissem a meta de gastos este ano.