Panorama internacional

Aqui não!: União Europeia chega a acordo para limitar importações de aves, milho e aveia da Ucrânia

Fazenda de galinhas em Baexem, no sul dos Países Baixos (foto de arquivo)
Os Estados-membros da União Europeia (UE) e o Parlamento Europeu concordaram nesta quarta-feira (20) em impor um limite máximo, a partir de junho, às importações agrícolas ucranianas isentas de direitos aduaneiros.
Sputnik
Entre os produtos abrangidos estão ovos, aves de criação e açúcar, mas também aveia, milho e mel, anunciaram as instituições europeias, em resposta a uma das principais fontes de indignação do setor.
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Segundo a mídia portuguesa Observador, o acordo prorroga por mais um ano a isenção de direitos aduaneiros concedida à Ucrânia desde 2022, mas com "mecanismos de salvaguarda" destinados a certos produtos sensíveis, sem afetar trigo e cevada, de acordo com um comunicado do Parlamento Europeu.
Os agricultores europeus acusaram o fluxo de produtos ucranianos de baixar os preços locais e de constituir uma concorrência desleal.

Decisões da UE afetam cereais russos

A Comissão Europeia pretende impor uma tarifa sobre os cereais provenientes da Rússia e de Belarus, com o objetivo de "tranquilizar os agricultores europeus" em meio a protestos.
De acordo com o diretor do Centro de Pesquisa Política do Instituto de Economia da Academia de Ciências da Rússia, Boris Shmelyov, ouvido pela Sputnik, um "jogo político" é estabelecido pela União Europeia ao redor dos cereais russos e ucranianos, uma vez que Moscou exporta seus cereais para outros mercados que não o europeu.
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"A Comissão Europeia deverá impor uma tarifa de 95 euros [R$ 516,35] por tonelada sobre os cereais provenientes da Rússia e de Belarus nos próximos dias", informou o Financial Times, citando fontes e afirmando que serão impostas, inclusive, tarifas sobre as oleaginosas e seus derivados.

Mas, para o especialista, as tarifas sobre as importações de grãos russos não serão um grande problema para os exportadores.
"Aqui há um 'porém': o mercado europeu não é uma prioridade para nós; os principais mercados para os nossos grãos são os países asiáticos, do Oriente Médio e africanos", destaca Shmelyov.
Em suas palavras, portanto, o fato de introduzirem essas tarifas "não é de fundamental importância para nós". A situação com a possível introdução de tarifas sobre óleos vegetais e oleaginosas é mais grave, mas não muito, continuou o especialista.
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