Na terça-feira (19), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ressaltou o "compromisso férreo" de Washington em ajudar a defender as Filipinas no caso de um ataque armado contra suas forças, depois que os confrontos entre as guardas costeiras chinesa e filipina se agravaram recentemente.
"Apoiamos as Filipinas e mantemos nossos firmes compromissos de defesa, inclusive no âmbito do Tratado de Defesa Mútua", disse Blinken em entrevista coletiva com o presidente Ferdinand Marcos Jr., segundo a AP News.
A Embaixada da China em Manila disse em um comunicado nesta quarta-feira (20) que as atividades chinesas no mar do Sul da China eram "legítimas e legais", acrescentando que as observações de Blinken "ignoram os fatos, acusam infundadamente a China".
Pequim também disse que o secretário norte-americano voltou a "ameaçar a China com as chamadas obrigações do Tratado de Defesa Mútua EUA-Filipinas", às quais o governo chinês se opôs firmemente.
"Os EUA continuam a dizer que querem assegurar a liberdade de navegação no mar do Sul da China, mas na verdade querem garantir a liberdade de navegação dos navios de guerra dos EUA. O fato de os navios de guerra e aviões norte-americanos terem viajado milhares de quilômetros até a porta da China para ostentar seu poder e provocar problemas é uma atividade totalmente hegemônica", afirmou a embaixada chinesa, segundo a Reuters.
As Filipinas e os Estados Unidos estão vinculados por um Tratado de Defesa Mútua de 1951, pelo qual devem apoiar-se mutuamente em caso de ataque. O presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. pressionou a Casa Branca no ano passado para deixar clara a extensão desse compromisso de segurança.