Panorama internacional

Após 13 anos, investigação nuclear síria é reativada após reunião entre chefe da AIEA e Assad

Uma investigação paralisada sobre uma suposta instalação nuclear militar clandestina na Síria foi renovada esta semana, sinalizando que o presidente Bashar Al-Assad pode estar pronto para resolver questões sobre um local bombardeado por Israel há quase duas décadas.
Sputnik
A investigação em Deir al-Zor pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) começou em 2007 depois que Israel bombardeou o local durante à noite. Os anos subsequentes de guerra e bloqueio oficial atrasaram a investigação até terça-feira (20), quando o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, encontrou-se com Assad em Damasco.
A reunião marcou a primeira vez, desde 2011, que o país recebeu uma delegação da agência nuclear das Nações Unidas.

"Estamos nos reaproximando. Foi muito importante ter tido a oportunidade de falar diretamente com o presidente Assad", disse Grossi nesta quinta-feira (21), à margem de uma reunião sobre energia nuclear em Bruxelas, segundo a Bloomberg.

Embora a Síria tenha sempre afirmado que a instalação destruída não era nuclear, os inspetores da AIEA detectaram partículas de urânio no local. O caso foi encaminhado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) em 2011.
A visita da AIEA rendeu passos tangíveis que poderiam levar a investigação adiante, de acordo com Grossi: "Vamos tentar", disse ele.
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