Panorama internacional

Atentado em Moscou não parece ter sido obra do Daesh, diz Scott Ritter

O ex-oficial de inteligência dos EUA analisou as informações conhecidas sobre o ataque terrorista e concluiu que as pessoas que o executaram vieram da Ucrânia.
Sputnik
As tentativas de Washington de atribuir a culpa pelo ataque terrorista de sexta-feira (22) em Moscou ao Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) parecem suspeitas devido ao comportamento dos atacantes, disse à Sputnik um ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA.
Mencionando o fato de que os terroristas foram detidos quando fugiam em direção à Ucrânia, Scott Ritter observou que as "pessoas ligadas à violência" têm a tendência de acabar por "navegar em direção ao seu 'norte verdadeiro'".
"O que quero dizer com isso é que, por exemplo, uma equipe de forças especiais operando atrás das linhas inimigas: se forem comprometidos, eles tentam voltar para casa, tentam escapar e se evadir em direção às linhas amigas", explicou.
"O Daesh é leal à sua versão pervertida da religião, Deus. Seu 'norte verdadeiro' é se tornarem mártires, para navegarem de volta para o céu."
No entanto, disse ele, não foi isso que esses terroristas fizeram.
"Seu verdadeiro norte era a Ucrânia, e eles estavam indo em direção à Ucrânia. E isso é tudo o que precisamos saber sobre isso. Esse foi um ataque que estava ligado ao conflito em andamento na Ucrânia", de acordo com Ritter.
"Quem esteve por trás desse ataque? Quem são os mentores? Os serviços de segurança russos vão descobrir. Mas quem quer que sejam, eles estão na Ucrânia", apontou.
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