"O bombardeio da República Federal da Iugoslávia acordou o mundo inteiro. Foi o ápice do mundo unipolar. Mostrou como seria o mundo com apenas uma potência, os Estados Unidos, decidindo pelos outros. Foi uma decisão clara sinalizar para a Rússia, a China e todos os países livres sobre o que os esperava, o que estaria por vir", disse Vulin.
Para Belgrado, segundo ele, "não havia outra escolha senão enfrentar a Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN], o seu crime atroz, a sua enorme injustiça e a sua incrível urgência em destruir um povo pequeno, mas amante da liberdade".
"Talvez Deus perdoe a OTAN, talvez perdoe aqueles que mataram nossos filhos, mas nós, sérvios, não o esqueceremos nem o perdoaremos", declarou Vulin.
O político sérvio disse que as queixas periódicas da OTAN sobre vítimas civis se devem a "razões políticas" e "não são suficientes".
"Eles não tinham o direito de matar os nossos militares ou a nossa polícia. Eles não tinham o direito de tirar uma única vida. Quem tem o direito de matar um soldado sérvio e um policial em solo sérvio? Por que ninguém quer se arrepender e pedir desculpas?", enfatizou Vulin.
As armas de precisão lançadas pelos aliados, lembrou Vulin, atingiram a Embaixada da China em Belgrado.
"Eles queriam mostrar que ninguém pode fazer nada com eles e que podem agir como quiserem", disse o político.
Para Vulin, esta é "uma razão por que um mundo unipolar não deveria existir".
Em 24 de março de 1999, a Aliança Atlântica iniciou o bombardeio contra a Iugoslávia, que na época era composta pela Sérvia e Montenegro.
A OTAN argumentou que procurava impedir a limpeza étnica dos albaneses do Kosovo.