"Não estou descartando nada", disse Harris quando questionada durante uma entrevista à rede de televisão ABC neste domingo (24).
Em contraste a declarações anteriores de autoridades norte-americanas, que ligaram o acordo para adiar as operações de combate em Rafah ao desenvolvimento de um plano para evacuar a população da cidade, Harris disse que uma operação militar em grande escala em Rafah "seria um erro" e apontou as dificuldades para encontrar opções realistas para tirar as pessoas de lá.
"Deixe-me dizer uma coisa. Estudei os mapas e essas pessoas não têm para onde ir. Estamos falando de um milhão e meio de pessoas em Rafah que estão lá, principalmente, porque lhes disseram para ir para lá", enfatizou a vice-presidente dos EUA.
Uma delegação israelense liderada pelo ministro da Defesa, Yoav Galant, deve chegar em breve a Washington para discutir os planos para a operação em Rafah, cidade que o governo de Israel designou inicialmente como uma "zona segura" para civis, antes de mudar de posição, argumentando que tropas do Hamas estão escondidas na região.
No dia 17 de março, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu avisou durante uma reunião do Conselho de Ministros que a operação em Rafah será realizada dentro de algumas semanas.
A guerra em Gaza poderá chegar a seis meses no próximo dia 7 de abril. Até o momento, desde o ataque do Hamas que matou mais de 1,1 mil israelenses no começo de outubro do ano passado, mais de 32 mil palestinos morreram em Gaza após a invasão das Forças de Defesa de Israel.