As Forças Armadas da Polônia disseram hoje (24) que decidiram não abater um míssil que, segundo elas, seria procedente da Rússia.
No início da manhã deste domingo (24), militares poloneses afirmaram que o espaço aéreo polonês foi violado por um suposto "míssil de cruzeiro russo" que cruzou o espaço aéreo polonês por 39 segundos e depois o deixou.
"No caso desse míssil, não houve decisão de o destruir. A principal razão foi que nós não tínhamos a intenção de destruir o míssil. A principal razão foi que vimos a trajetória de seu voo. Além disso, o míssil permaneceu em nosso espaço aéreo por um período muito curto e não estava dentro do alcance de nosso poder de fogo terrestre", detalhou Jacek Goryszewski, porta-voz do Comando Operacional das Forças Armadas da Polônia, aos jornalistas.
Ele acrescentou que “não se colocou a questão de acionar os caças poloneses porque o míssil não estava voando para o interior do país”
29 de dezembro 2023, 13:49
Goryszewski disse que o míssil seguia a uma velocidade de cerca de 800 km/h, e a uma altitude de cerca de 400 metros. Os militares têm a certeza de que o míssil saiu do espaço aéreo polonês e não caiu no território do país, então não organizarão uma busca, continuou o oficial polonês.
"No momento, não há essa necessidade porque temos registros precisos de dados de radar, sabemos o local onde ele entrou no espaço aéreo e onde saiu."
Em novembro de 2022 os militares poloneses alegaram um incidente semelhante, mas mais tarde foi concluído ter se tratado de um míssil de defesa aérea ucraniano disparado contra um míssil russo. Em fevereiro de 2024, Sergei Andreev, embaixador da Rússia em Varsóvia, disse em uma entrevista à Sputnik que a Polônia nunca forneceu provas de que um míssil russo tivesse violado seu espaço aéreo.