A trégua deve durar até o fim do Ramadã, em 9 de abril, e condiciona também a soltura de todos os reféns.
A resolução foi apoiada pelos dez membros não permanentes do Conselho de Segurança. Ao todo, 14 países votaram a favor e apenas os EUA se abstiveram.
O texto aprovado também prevê que a trégua seja utilizada para pavimentar um "cessar-fogo duradouro e sustentável". O projeto, anteriormente, apelava por um "cessar-fogo permanente", mas a palavra "permanente" foi removida no último minuto a pedido dos EUA.
A mudança na política dos EUA revela um descontentamento por parte dos norte-americanos com as ações de Israel e seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que não parecem se esforçar para diminuir o número de civis mortos nas operações.
Após a votação, o governo israelense, em retaliação, cancelou a visita programada de sua delegação a Washington, em que discutiriam alternativas a uma operação terrestre em Rafah, posto de fronteira da Faixa de Gaza com o Egito em que se encontram cerca de 1,5 milhão de refugiados palestinos.
Na última sexta-feira (22), os Estados Unidos já haviam proposto uma resolução de cessar-fogo, mas ela foi vetada pela Rússia e China por não exigir a suspensão da campanha militar na Faixa de Gaza. O texto norte-americano também estava interligado com as negociações de paz em curso, lideradas pelo Catar.
Em sua conta no X (antigo Twitter), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, celebrou a chegada a um acordo.
O Conselho de Segurança acaba de aprovar uma resolução há muito esperada sobre Gaza, exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. // Esta resolução deve ser implementada. O fracasso seria imperdoável.
A sessão do conselho também discorreu sobre o ataque terrorista na sala de concertos Crocus City Hall, na Rússia, e foi aberta com um minuto de silêncio por parte dos participantes.