"Finalmente, o Conselho das Nações Unidas aprovou por unanimidade uma resolução para um cessar-fogo em Gaza", escreveu no X (antigo Twitter).
Na publicação, ele pediu que "às nações do mundo que, se Israel quebrar esse cessar-fogo", rompam relações com esse país.
Cessar-fogo aprovado
Após uma abstenção dos Estados Unidos, que bloqueou diversas tentativas de chegar a uma resolução, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) chegou a um acordo de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (25).
A trégua deve durar até o fim do Ramadã, em 9 de abril, e condiciona também a soltura de todos os reféns.
A resolução foi apoiada pelos dez membros não permanentes do Conselho de Segurança. Ao todo, 14 países votaram a favor e apenas os EUA se abstiveram.
A mudança na política dos EUA revela um descontentamento por parte dos norte-americanos com as ações de Israel e seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que não parecem se esforçar para diminuir o número de civis mortos nas operações.
Após a votação, o governo israelense, em retaliação, cancelou a visita programada de sua delegação a Washington, em que discutiriam alternativas a uma operação terrestre em Rafah, posto de fronteira da Faixa de Gaza com o Egito em que se encontram cerca de 1,5 milhão de refugiados palestinos.
Na última sexta-feira (22), os Estados Unidos já haviam proposto uma resolução de cessar-fogo, mas ela foi vetada pela Rússia e China por não exigir a suspensão da campanha militar na Faixa de Gaza. O texto norte-americano também estava interligado com as negociações de paz em curso, lideradas pelo Catar.
Em sua conta no X (antigo Twitter), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, celebrou a chegada a um acordo.