"Hoje, a este respeito, vemos uma imagem que nos querem mostrar, não a realidade […]. Não pode ser descartada a possibilidade da chamada 'operação sob falsa bandeira' – isto é, quando os serviços de inteligência de um país contratam outro órgão ou grupo para realizar algum tipo de ação", disse Jozsef Horvath, conselheiro para a Política de Segurança do Centro Húngaro para os Direitos Fundamentais ao jornal Magyar Nemzet.
Ele observou que até agora o Daesh recrutava militantes "por crença, não por dinheiro". "Também é interessante que os criminosos tenham fugido após a operação e não agiram como homens-bomba", acrescentou o especialista, observando que os terroristas não deixaram uma bandeira do Daesh, o que é estranho para os atos terroristas dessa organização.
Segundo Horvath, o fato de que "os americanos se distanciaram muito rapidamente" da participação do ato também parece autoidentificativo. "Talvez até porque eles possam temer que os ucranianos estejam envolvidos neste ato terrorista", apontou ele.
O especialista político húngaro Georg Spottle expressou a confiança de que os serviços especiais russos em breve estabelecerão o cliente do crime e "darão um grande golpe no país ou organização por trás dele".
O ataque ao Crocus City Hall, localizado na cidade de Krasnogorsk, nos arredores de Moscou, ocorreu na noite de sexta-feira (22), quando um grande número de pessoas se preparava para assistir a um show da banda de rock russa Picnic. Segundo autoridades russas, pelo menos 137 pessoas morreram no ataque e mais de 100 ficaram feridas.