"Achamos que é assim. Pelo menos estamos falando sobre o fato de que temos. É uma informação geral, mas eles têm muita experiência."
Ele ressaltou ainda que os serviços secretos ucranianos contribuíram para organizar o atentado, que foi preparado por islamistas radicais. Para Bortnikov, neste contexto o Serviço de Segurança da Ucrânia deve ser reconhecido como organização terrorista.
Todavia, o mandante do atentado terrorista no Crocus City Hall ainda não foi identificado. Os 11 suspeitos detidos estão sendo ativamente interrogados, o número de cúmplices identificados vai aumentar. O FSB já sabe que a Ucrânia organizou treinamento de terroristas no território do Oriente Médio.
Atentado ao Crocus City Hall foi necessário aos serviços secretos ocidentais e à Ucrânia para desestabilizar a situação e para criar pânico na sociedade na Rússia, acredita o diretor do FSB.
Por sua vez, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, tem certeza da possibilidade de que a Ucrânia esteja envolvida no ataque terrorista ao Crocus City Hall.
"Claro, a Ucrânia", disse ele, respondendo à pergunta dos jornalistas se o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) ou a Ucrânia está por trás da tragédia.
O ataque ao Crocus City Hall, localizado na cidade de Krasnogorsk, nos arredores de Moscou, ocorreu na noite de sexta-feira (22), quando um grande número de pessoas se preparava para assistir a um show da banda de rock russa Picnic.
Um correspondente da Sputnik que testemunhou o ataque relatou que pelo menos três homens camuflados invadiram o teatro, atirando nas pessoas à queima-roupa e jogando bombas incendiárias.
O presidente russo, Vladimir Putin, classificou o ataque terrorista contra o Crocus City Hall como um elo entre as tentativas daqueles que lutam contra a Rússia, desde 2014, por meio do regime de Kiev. Ele ressaltou que todos os quatro autores do ataque terrorista foram capturados e presos, e que eles tentavam fugir em direção à Ucrânia, onde uma "janela" de escape foi preparada para eles cruzarem a fronteira para o lado ucraniano.