Anteriormente, o chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo), Aleksandr Bortnikov, disse que os dados preliminares dos detidos no caso do ataque terrorista à sala de concertos Crocus City Hall confirmaram o rastro ucraniano, é que os serviços de segurança vão continuar trabalhando nas informações.
"Eles se expuseram a si mesmos. Eles [EUA] começaram a gritar, não apelando a uma investigação, e começaram a proteger a Ucrânia do impacto. Seu engajamento e envolvimento nesta história é óbvio", disse Zakharova.
Segundo observou a diplomata, na ausência do envolvimento de Kiev, as primeiras declarações de Washington deveriam ter sido sobre a necessidade de investigação e apresentação de fatos.
Vale ressaltar que, logo após o ataque na sexta-feira (22), o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que não havia evidências de que a Ucrânia ou os ucranianos estivessem envolvidos no ataque em Moscou. Mais tarde, os EUA afirmaram repetidamente que não havia "rastro ucraniano" no caso. Em particular, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que "não houve qualquer participação da Ucrânia no ataque ao Crocus City Hall, ponto final".
Em resposta, Maria Zakharova expressou dúvidas quanto às autoridades de Washington tirarem "conclusões sobre o envolvimento de quem quer que seja no meio de uma tragédia".
O ataque ao Crocus City Hall, localizado na cidade de Krasnogorsk, nos arredores de Moscou, ocorreu na noite de sexta-feira (22), quando um grande número de pessoas se preparava para assistir a um show da banda de rock russa Picnic. Um correspondente da Sputnik que testemunhou o ataque relatou que pelo menos três homens camuflados invadiram o teatro, atirando nas pessoas à queima-roupa e jogando bombas incendiárias.