Panorama internacional

Há 'motivos razoáveis' para acreditar que Israel está cometendo genocídio em Gaza, diz ONU

Um ativista israelense confronta as forças de segurança durante uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv, em 2 de março de 2024
A relatora especial das Nações Unidas criticou fortemente as ações israelenses relativamente aos palestinos, que vê como cumprindo três critérios de um genocídio.
Sputnik
Há "motivos razoáveis" para acreditar que Israel está "cometendo o crime de genocídio contra os palestinos como grupo [étnico] em Gaza", disse na quarta-feira (27) a relatora especial das Nações Unidas sobre direitos humanos nos territórios palestinos, citada pela emissora norte-americana CNN.
"Israel cometeu três atos de genocídio com a intenção necessária: matar membros do grupo [étnico], causar danos físicos ou mentais graves a membros do grupo e infligir deliberadamente ao grupo condições de vida calculadas para provocar sua destruição física total ou parcial", disse Francesca Albanese em uma coletiva de imprensa, que se seguiu à apresentação de seu último relatório, chamado "Anatomia de um Genocídio", ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
Israel, por sua vez, respondeu que "rejeita totalmente" o relatório, que, segundo ele, "envergonha" o Conselho de Direitos Humanos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fala durante uma entrevista coletiva com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro de gabinete, Benny Gantz, na base militar de Kirya em Tel Aviv, Israel, sábado, 28 de outubro de 2023
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Não é "nenhuma surpresa que a premissa desse relatório seja que a criação do Estado judeu em 1948 foi um ato de 'colonialismo de colonos' e que o genocídio é uma 'parte inerente' desse ato", comentou a missão permanente de Israel na ONU em Genebra.
A declaração também acusou Albanese de "deslegitimar a própria criação e existência do Estado de Israel".
Até o momento, mais de 32 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza, e a região se aproxima de uma catástrofe humanitária total, na qual crianças já morrem de fome e cerca de 1,5 milhão de palestinos estão desabrigados, segundo as autoridades locais. Do lado de Israel, cerca de 1.350 foram mortos e 250 sequestrados.
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