Mesmo com o conflito — que já matou mais de 32 mil pessoas na Faixa de Gaza — em curso, os Estados Unidos continuam enviando defesas aéreas e munições para Tel Aviv, mas alguns democratas e grupos árabes-americanos criticaram o apoio constante da administração Biden, que, segundo eles, proporciona ao Estado judeu uma sensação de impunidade.
Anualmente, Washington envia US$ 3,8 bilhões (R$ 19 bilhões) em assistência militar a Israel.
"Embora os tenhamos apoiado com capacidade, eles não receberam tudo o que pediram. Parte disso é porque eles pediram coisas que não temos capacidade de fornecer ou não estamos dispostos a fornecer, não agora", disse o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Charles Q. Brown Jr., citado pela Reuters.
Israel começou sua onda retaliatória após um ataque do grupo militante Hamas em 7 de outubro de 2023, o qual matou cerca de 1.350 pessoas e tornou 253 reféns do lado israelense.
A ofensiva israelense gerou oposição dentro do Partido Democrata, de Biden, levando milhares de pessoas a votarem nele por pura formalidade nas recentes primárias presidenciais do partido, afirma a mídia.
O premiê Benjamin Netanyahu classificou, também nesta quinta-feira, como "uma decisão ruim" o fato de Washington ter "apoiado" um cessar-fogo imediato no enclave palestino na última votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
Na verdade, os EUA se abstiveram da resolução, após vetarem várias outras resoluções propostas por outros países no conselho, em apoio ao seu parceiro de longa data no Oriente Médio.