Esse foi o segundo maior certame em termos de investimentos da história, superado apenas pelo realizado em dezembro do ano passado, que arrematou R$ 21,7 bilhões. Desse dinheiro, só a estatal chinesa State Grid providenciou R$ 18 bilhões.
Os lotes desta quinta-feira, ao contrário do dezembro, foram marcados por forte concorrência. Mais de 20 empresas e consórcios participaram, entre elas a Eletrobras, que garantiu quatro lotes; três no Nordeste e um no Sul, por R$ 5,5 bilhões.
Já o BTG Pactual, representado na disputa pelo Warehouse Fundo de Investimento, desembolsou R$ 6,5 bilhões por três lotes no Nordeste e Sudeste. Já a portuguesa EDP ofertou R$ 3 bilhões por três lotes, todos no Nordeste.
Juntas, essas três empresas arremataram dez dos 15 lotes e R$ 15 bilhões, 83% do total alcançado.
Com o leilão, serão construídos 6.464 quilômetros de novas linhas de transmissão que auxiliarão na expansão das usinas de energia renovável no Brasil, em especial as solares e eólicas no Nordeste e no norte de Minas Gerais.
Os leilões são feitos com base nos maiores deságios da Receita Anual Permitida (RAP), valor que impacta na conta de luz da população, Ou seja, ganha a empresa que garante o maior desconto para operar as linhas. Em média, o desconto oferecido pelas empresas foi de 40,78%.
Inicialmente, os empreendimentos teriam direito a R$ 2,98 bilhões por ano pela operação das linhas de transmissão. Com os deságios, o valor foi reduzido para R$ 1,77 bilhão. Isso representa uma economia de R$ 30 bilhões aos consumidores ao final de 30 anos, período das concessões.