Petro acusou o seu homólogo argentino, Javier Milei, de ter planos de destruir o projeto de integração latino-americana, principalmente depois que as relações diplomáticas entre as duas nações ficaram tensas devido às divergências entre as lideranças.
"Acho que Milei pretende destruir, ou pelo menos adiar, o projeto de integração latino-americano", disse Petro nas suas redes sociais depois de ser chamado de "terrorista" pelo líder do La Libertad Avanza.
Em sua mensagem, o presidente colombiano também expressou solidariedade ao seu homólogo mexicano, Andrés Manuel López Obrador, descrito por Milei como "ignorante".
"A promessa de Milei de repetir o sistema neoliberal de 30 anos atrás pode ser um fracasso previsto", arrematou Petro.
Troca de farpas
Nos últimos dias, o clima na América Latina, em especial na Argentina e na Colômbia, vem arrefecendo. Mas por qual motivo? Vem cá que a gente explica.
Desde a sua posse, Milei parece estar, pelo que apontaram especialistas em diversas análises trazidas pela Sputnik Brasil, fazendo um jogo de comportamento "vira-latista", seguindo uma lógica de domínio aplaudida apenas pelos Estados Unidos.
Entre os malfeitos do chefe argentino estão as proibições e cobranças indevidas de alunos brasileiros que cursam medicina nas terras dos hermanos, declarações de que ao apoiar o cessar-fogo no conflito israelo-palestino o homólogo colombiano estaria sendo terrorista, entre tantos outros. As ações dirigidas a Petro, por exemplo, já vêm gerando consequências.
Daí a acusação de Milei estar agindo contrariamente à integração latino-americana. Outros gestos que vão nesse sentido são "apoiar" decisões de Israel na Faixa de Gaza e fazer viagens que o liguem aos interesses dos Estados Unidos, entre outros.