"A investigação ainda está trabalhando nos fatos, novas circunstâncias estão surgindo, mas simplesmente não temos o direito de excluir versões óbvias. Especialmente porque esses indivíduos fugiam para a Ucrânia quando foram detidos", disse Lavrov ao jornal Izvestia, da Rússia.
"O Ocidente está, de maneira suspeita, dedicado a nos convencer, não apenas publicamente, mas também em contatos por meio de nossas missões diplomáticas, de que a Ucrânia não é responsável, sem argumentos. Embora do ponto de vista da lógica geral, respondendo à pergunta de quem se beneficia com isso, não podemos descartar a Ucrânia," acrescentou ele.
"O principal é infligir uma derrota estratégica à Rússia, e isso é confirmado com bastante regularidade, o que significa que aqueles que estão dispostos a se tornarem peões para tentar alcançar esse objetivo para o Ocidente têm permissão para tudo, incluindo apoio direto à teoria e prática do nazismo. Isso é triste", disse o chanceler russo.
'Diálogo sobre estabilidade estratégica' com EUA
"No outono de 2023, os Estados Unidos nos enviaram sinais, e como sempre foram incapazes de resistir a vazar essa informação para a mídia. Foi um documento informal que respondemos em fevereiro em que afirmam que é impossível falar sobre estabilidade estratégica em uma situação em que somos declarados um inimigo estratégico que precisa ser 'estrategicamente derrotado'", disse ele. "A Rússia estará pronta para retomar o diálogo sobre estabilidade estratégica quando o respeito mútuo, a igualdade e o movimento em direção à busca de um equilíbrio de interesses forem assegurados."
"É bom que essa resolução tenha sido adotada", disse Lavrov. "Mas, imediatamente, tendo adotado essa resolução, a representante dos EUA na ONU [Organização das Nações Unidas] declarou que essa resolução não era vinculativa. Ou seja, a 'carta branca' foi estendida por isso", explicou.
Rússia e UE
"Informamos que a partir de agora, em qualquer nível, seja um embaixador, um adido ou todos 'que estão entre eles', se tiverem interesse em se comunicar com as autoridades russas, consideraremos cada pedido separadamente e decidiremos se concordamos ou não com tal contato", declarou o chanceler.
Presidente da França usa Ucrânia para desviar atenção de problemas domésticos
"Na manhã seguinte, ele [o acordo] foi pisoteado. Todos os prédios administrativos foram tomados e, ao contrário da criação de um governo de unidade nacional para preparar eleições antecipadas, foi anunciado um 'governo dos vencedores'. Foi quando uma 'cunha' foi impulsionada na sociedade ucraniana", disse Lavrov. "Se vamos falar sobre capacidade contratual ou sobre quem tem qual autoridade, provavelmente não são os franceses ou outros membros da União Europeia, que estavam envolvidos nesses 'casos' e então simplesmente provaram sua inutilidade", concluiu o ministro.