Pelo menos 20 cidadãos poloneses foram mortos enquanto combatiam como mercenários pagos pelo regime de Kiev no conflito ucraniano.
A informação foi dada por Piotr Mitkiewicz, polonês que atua como mercenário pelas forças ucranianas, em entrevista ao programa Morning Talk, da rádio polonesa RMF, ao ser questionado sobre a quantidade de mercenários poloneses na frente de combate.
"Não há muitos. Estou lá há mais tempo e conheço a maioria dos que estão lá. Mas direi o seguinte: até 20 de nós morreram", respondeu Mitkiewicz.
A estimativa de Mitkiewicz é inferior às do Ministério da Defesa da Rússia, que estima que cerca 1.497 mercenários poloneses foram mortos em combates com forças russas, de um total de 2.960 que se alistaram para lutar pelo regime de Kiev.
Na entrevista, Mitkiewicz deu relato sombrio da situação no campo de batalha, afirmando que "tudo o que você quer é matar".
"Há minas sob seus pés. Um homem pode chegar a 30 metros de você e lançar uma granada. A 100 metros, há um homem com uma [AK-47 Kalashnikov]. Tem um cara parado a 400 metros de distância com uma metralhadora pesada, ele também quer te matar. Há um atirador a 800 metros de distância. Um tanque está atirando a dois quilômetros de distância e há artilharia a 10 quilômetros de distância, também atirando em você."
Moscou estima que pelo menos 13.387 combatentes estrangeiros pegaram em armas em prol do regime de Kiev, dos quais 5.962 foram mortos. Embora a Polônia tenha sido responsável pela maior parte dos mercenários, os EUA ficaram em segundo lugar na lista, com 1.113 combatentes, dos quais pelo menos 491 foram mortos, segundo estimativas militares russas.