Panorama internacional

Israel propõe força multinacional com participação de países árabes em Gaza, diz mídia

Tel Aviv está estudando com os EUA e países árabes a possibilidade de permitir uma força de manutenção da paz com participantes árabes em Gaza, de acordo com a mídia.
Sputnik
O ministro da Defesa de Israel levantou durante sua visita aos EUA a possibilidade de implantar uma força militar multinacional com a participação de países árabes para melhorar a lei e a ordem na Faixa de Gaza, informou na sexta-feira (29) o portal Axios.

"Durante sua visita a Washington nesta semana, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, levantou a possibilidade de estabelecer uma força militar multinacional com a participação de soldados de países árabes para melhorar a lei e a ordem em Gaza e escoltar comboios de ajuda humanitária", disse o portal, citando dois altos responsáveis seniores israelenses.

Um alto funcionário dos EUA disse ao portal que a ideia desse contingente surgiu durante uma reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e os ministros das Relações Exteriores de vários países árabes, realizada na semana passada no Cairo, Egito. A proposta implicaria que os soldados árabes permaneceriam em Gaza por um período de transição limitado e seriam responsáveis pela proteção do porto dos EUA e pela escolta de comboios humanitários.
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Além disso, uma autoridade árabe de um dos países que apoiaram a ideia disse ao portal que Gallant pareceu não entender a posição árabe. Ele explicou que os países árabes não estão prontos para enviar tropas para a Faixa de Gaza no momento, mas podem considerar enviá-las como uma força de manutenção da paz quando a guerra com Israel terminar.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas realizou um ataque sem precedentes contra o território israelense, matando mais de 1,1 mil pessoas e ferindo outras 5,5 mil, além de 253 reféns. Até o momento, pelo menos 100 já foram libertadas.
Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e iniciou bombardeios em Gaza, além de impor um bloqueio total ao enclave palestino, cortando o fornecimento de água, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível. Com mais de 32 mil mortos e cerca de 75 mil feridos, segundo autoridades locais, o enclave, que é uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, com quase 2,3 milhões de habitantes, vive uma das mais graves crises humanitárias da história do Oriente Médio.
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