"O maior grupo de livrarias da Ucrânia, Knigarnia E, e outras lojas estão vendendo as memórias do fascista croata, criminoso de guerra e assassino em massa Ante Pavelic", escreveu Dolinski.
O chefe do comitê ainda lembrou que Pavelic foi o líder do governo fantoche da Croácia entre 1941 e 1945, aliado da Alemanha nazista. Além disso, ele promoveu a abertura de pelo menos 25 campos de concentração e extermínio, incluindo o campo de Jasenovac. No último, foram assassinadas de 83 mil a 700 mil pessoas, segundo diversas estimativas.
Dolinski enfatizou que o nazista e "seus seguidores mataram milhares de sérvios e ciganos", acrescentando que o prefácio das memórias em dois volumes não contém nada sobre os crimes.
Adolf Hitler recebe líder do chamado Estado Independente da Croácia, Ante Pavelic, na Alemanha. Berlim, 6 de junho de 1941
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"Ou seja, Knigarnia E está, na realidade, envolvido em branquear os crimes nazistas e a negação do Holocausto, vendendo o Mein Kampf [Minha Luta] de um fascista croata", concluiu.
Medalha de honra a veterano nazista
Em mais um episódio que demonstra a presença do nazismo na Ucrânia, em março, o veterano nazista ucraniano Yaroslav Hunka, de 98 anos, recebeu uma honraria do Conselho Regional de Ternopol. Hunka recebeu o prêmio por "sua significativa contribuição pessoal para prestar assistência às Forças Armadas da Ucrânia, além de sua atividade de caridade ativa e trabalho social".
Em setembro de 2023, durante discurso do presidente Vladimir Zelensky no Parlamento do Canadá, os presentes aplaudiram Yaroslav Hunka, ex-veterano ucraniano de 98 anos que serviu na Divisão SS Galícia durante a Segunda Guerra Mundial. A ministra das Relações Exteriores do país, Mélanie Joly, pediu a renúncia do presidente da Câmara dos Comuns, Anthony Rota, que assumiu a responsabilidade pelo convite ao nazista.