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Caso Marielle: filho de Domingos Brazão diz que 'não há provas' contra pai e tio pelo assassinato

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão estão presos preventivamente desde a última semana, suspeitos de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
Sputnik
O assessor parlamentar Kaio Brazão, filho de Domingos e sobrinho de Chiquinho, publicou um vídeo nas redes sociais em que afirma não existirem provas que justifiquem a prisão dos familiares como responsáveis pelo crime que ocorreu no Rio de Janeiro. Na postagem, o assessor também saiu em defesa da família Brazão e garantiu o comprometimento com "a verdade e a justiça social".
Para Kaio, é fundamental diferenciar as presunções e evidências concretas da veracidade dos fatos ao comentar as investigações da Polícia Federal (PF), que também apontou o envolvimento de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, no assassinato.
"A ausência de provas e a dependência exclusiva da delação de um criminoso confesso não são suficientes, se faz necessária uma validação jurídica e coerência nos fatos", declarou.
O filho do conselheiro do TCE-RJ atua como assessor no gabinete do vereador do Rio de Janeiro Waldir Brazão desde janeiro de 2021. Apesar de usar o sobrenome da família, o parlamentar não tem laços sanguíneos e foi chefe de gabinete do deputado estadual Manoel Brazão.

Justiça suspende pagamento de R$ 581 mil em férias a Domingos Brazão

Mais cedo, a 2ª Vara de Fazenda Pública da Capital determinou a suspensão do pagamento de R$ 581 mil do período de férias não tiradas de Domingos Brazão entre 2017 e 2022, quando ele esteve afastado do cargo por suspeita de fraude e corrupção.
A decisão atendeu a uma ação popular movida pelo deputado federal Tarcísio Motta Carvalho (Psol-RJ) de 27 de março.
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Investigações finalizadas

No fim de março, a PF apresentou a conclusão das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco em um relatório de quase 480 páginas. Com forte atuação na região de Jacarepaguá, Domingos e Chiquinho teriam encomendado a morte por conta da oposição de Marielle a um projeto de lei na Câmara do Rio que autorizava a expansão imobiliária na área controlada pela milícia, à qual os dois estariam ligados.
Já o ex-chefe da Polícia Civil foi acusado de ter atuado na corporação para evitar que o crime fosse esclarecido e ainda proteger a família Brazão. As investigações foram concluídas após a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, que foi o responsável por executar os assassinatos.
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