Os parlamentares pedem para "considerar essa declaração como uma denúncia de crime, investigar os fatos de organização e financiamento do terrorismo, enviar pedidos de ajuda a Estados estrangeiros para investigarem os fatos de financiamento do terrorismo".
"A declaração descreve fatos e eventos que confirmam a existência de um grupo criminoso organizado [terrorista] que inclui altos funcionários dos EUA, líderes do bloco político-militar da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], parceiros comerciais ucranianos de [Joe] Biden, líderes políticos da Ucrânia e funcionários da Direção Geral de Inteligência e Serviço de Segurança […] do Ministério da Defesa ucraniano", detalha o documento.
Os signatários também apelam ao Comitê de Investigação e ao Gabinete do Procurador-Geral da Rússia para "solicitarem aos Estados estrangeiros que adotem medidas para identificar, detectar, bloquear ou deter fundos utilizados ou alocados para cometer crimes terroristas e exigir a condenação ou extradição de pessoas envolvidas no financiamento do terrorismo".
Ao mesmo tempo, os deputados pedem aos órgãos citados que "levem à Justiça pessoas singulares e coletivas envolvidas no financiamento do terrorismo" e informem o público sobre os fatos apurados e as decisões tomadas.
A declaração foi assinada, entre outros, pelo chefe do Comitê da Duma para o Extremo Oriente e antigo candidato à presidência russa, Nikolai Kharitonov, pelo filósofo Aleksandr Dugin e pelo antigo membro da Verkhovna Rada da Ucrânia (parlamento unicameral ucraniano) Andrei Derkach.
A petição também foi enviada ao Escritório Federal de Justiça da Alemanha, ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, ao Ministério da Justiça e Ordem Pública de Chipre e ao Ministério da Justiça da França.
Esse pedido é uma consequência, considerando a série de ataques terroristas perpetrados em território russo, como o ataque ao Crocus City Hall, os ataques contra líderes políticos e figuras públicas russas, bem como os constantes bombardeamentos das regiões do país que fazem fronteira com a Ucrânia.
Moscou forneceu repetidas provas do envolvimento de Kiev e de seus apoiadores ocidentais, incluindo os Estados Unidos, nesses atos. A Ucrânia e o Ocidente, por outro lado, negam o seu envolvimento.