"Com base nos dados de danos e se a reconstrução começar depois de 2024, o prognóstico é de que a contração econômica em Gaza piore significativamente este ano, superando os 50% [anual], à medida que os efeitos da destruição de capital persistem", alertaram as organizações em um relatório divulgado nesta terça-feira (2).
Quanto aos danos às infraestruturas críticas em Gaza, os custos rondam os US$ 18,5 bilhões de dólares (R$ 93,71 bilhões na cotação atual), o que equivale a 97% do produto interno bruto (PIB) da Faixa de Gaza e da Cisjordânia juntas, revelou um estudo elaborado pela ONU e pelo Banco Mundial.
No dia 7 de outubro, um ataque do Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses resultou em aproximadamente 1,1 mil mortes, além de mais de 5 mil feridos e captura de 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em troca de prisioneiros.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e iniciou uma série de bombardeios sobre Gaza, além da invasão terrestre e das artimanhas que se utilizaram para dificultar o acesso a remédios, alimentos e energia elétrica no enclave palestino.
Até o momento, quase 33 mil palestinos morreram e mais de 75 mil ficaram feridos.
A Rússia e outros países instam Israel e o Hamas a concordarem com um cessar-fogo e a defenderem uma solução de dois Estados, aprovada pela ONU em 1947, como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.
No dia 25 de março, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) exigiu, com 14 votos a favor e a abstenção dos Estados Unidos, um cessar-fogo imediato para o conflito em Gaza durante o mês sagrado do Ramadã e a libertação imediata de todos os reféns.