"O ataque terrorista foi bem organizado e acompanhado por uma cobertura extensa e pré-orquestrada pela mídia ocidental no tom certo para eles", disse Patrushev na 19ª reunião anual dos chefes dos conselhos de segurança dos Estados-membros da Organização para Cooperação de Xangai (OCX).
No dia 22 de março, vários homens armados invadiram o Crocus City Hall e começaram a atirar nas pessoas. Os terroristas também provocaram um incêndio em um dos auditórios, que estava lotado antes de um show de rock. O ataque deixou 695 vítimas, incluindo 144 mortos, segundo os últimos dados do Ministério para Situações de Emergência russo.
O Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em diversos países) assumiu a responsabilidade pelo ataque. Os quatro principais suspeitos do caso — todos cidadãos do Tajiquistão — tentaram fugir do local em um carro, mas foram detidos e acusados de terrorismo. As autoridades russas acreditam que o plano deles era fugir para a Ucrânia, onde os autores intelectuais do ataque os garantiriam refúgio seguro. Uma investigação sobre o caso ainda está em andamento.
"É bem sabido que o regime de Kiev não é independente e é completamente controlado pelos Estados Unidos. Devemos também ter em mente que o Daesh, a Al-Qaeda [organização terrorista proibida na Rússia e em diversos países] e outras organizações terroristas foram criadas por Washington", observou Patrushev, comentando o alegado papel do Daesh no ataque terrorista ao Crocus em Moscou.
Imediatamente após o ataque terrorista, começaram as chamadas telefônicas em massa da Ucrânia para os serviços de emergência russos com relatos falsos de bombas em edifícios, acrescentou o responsável, lembrando que a reação de Vladimir Zelensky na ocasião foi bastante inadequada, mas previsível.
Patrushev destacou que cada vez mais grupos terroristas estão sendo usados para fins geoestratégicos e recebem armas e equipamentos de inteligência modernos.
O responsável apelou à condenação firme e dura do terrorismo em todas as suas manifestações e às ações dos países que o apoiam ou toleram.