Em meados de março, a inteligência russa, através do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo), já havia alertado para o fato de que um contingente francês de cerca de 2 mil militares poderia seguir para o território ucraniano.
"Há novas informações de que Paris está preparando um contingente militar para enviar à Ucrânia. Para isso, no início de março, o comando da Legião Estrangeira Francesa aprovou a composição de um grupo tático de batalhão de cerca de 1.500 soldados", disse Zakharova nesta quarta-feira (3).
A diplomata acrescentou que "o grupo deverá estar em plena prontidão de combate" em abril para se deslocar à zona de operações militares.
No final de fevereiro, o presidente da França, Emmanuel Macron, sugeriu ter debatido com líderes de alguns países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) o possível envio de soldados à Ucrânia, mas, ao que tudo indica, não foi alcançado consenso.
Vários Estados-membros da Aliança Atlântica, incluindo Alemanha, Bulgária, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Polônia, República Tcheca e outros, se distanciaram do comentário do francês e rejeitaram publicamente que enviariam seus soldados.
Comentando as palavras do presidente francês, o Kremlin indicou que tal desenvolvimento levaria inevitavelmente a um confronto militar direto entre a Rússia e a OTAN.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, descreveu o simples fato de discutir a possibilidade de enviar "alguns contingentes para a Ucrânia" como uma novidade importante.