Qualquer ameaça à segurança à Rússia por parte da OTAN não ficará sem resposta, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko.
"Qualquer ameaça à segurança do nosso país não ficará sem resposta", reforçou Grushko.
França x Ucrânia x OTAN
Paris pode mobilizar 1.500 soldados neste mês e enviá-los para a Ucrânia, disse mais cedo a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Em meados de março, o Serviço de Inteligência Externa da Rússia (SVR, na sigla em russo) já havia alertado para o fato de que um contingente francês de cerca de 2 mil militares poderia seguir para o território ucraniano.
"Há novas informações de que Paris está preparando um contingente militar para enviar à Ucrânia. Para isso, no início de março, o comando da Legião Estrangeira Francesa aprovou a composição de um grupo tático de batalhão de cerca de 1.500 soldados", disse Zakharova nesta quarta-feira (3).
A diplomata acrescentou que "o grupo deverá estar em plena prontidão de combate" em abril para ser destacado à zona de operações militares.
No final de fevereiro passado, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou ter debatido com líderes de alguns países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) o possível envio de soldados à Ucrânia, mas, ao que tudo indica, não foi alcançado consenso.
Vários Estados-membros da Aliança Atlântica, incluindo a Alemanha, Bulgária, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Polônia, República Tcheca e outros, se distanciaram do plano do líder francês e rejeitaram publicamente enviar seus soldados.
Comentando as palavras do presidente francês, o Kremlin indicou que tal desenvolvimento levaria inevitavelmente a um confronto militar direto entre a Rússia e a OTAN.