"A Rússia poderia responder a este casus belli da maneira que achar adequada. Não podemos falar de guerra, mas em qualquer caso, haveria respostas fortes da Rússia", disse o historiador Laurent Brayard.
Segundo ele, a postura bélica de Macron pode ser explicada pela vontade do presidente francês de "assumir uma posição de liderança na Europa, que perdeu há muito tempo".
"As possibilidades de pôr fim a essa operação estão nas mãos do Ocidente", sublinha Brayard, acrescentando que, dado os êxitos do Exército russo, "as negociações serão difíceis para o Ocidente".
"É claro que estão num impasse e que, economicamente, os limites do Ocidente e da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] já foram alcançados", contextualiza o historiador.
Segundo ele, o impasse deve levar alguns países a "encontrar um canal de comunicação com a Rússia", referindo-se ao recente encontro entre o ministro da Defesa russo e o seu homólogo francês.