O ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Juraj Blanar, disse que a iniciativa de criar um fundo de ajuda à Ucrânia requer um estudo detalhado, mas se a Eslováquia o apoiar, será em áreas não relacionadas com o fornecimento de armas.
Anteriormente, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, propôs a criação de um fundo de contribuição para financiar a Ucrânia durante cinco anos, no valor de US$ 100 bilhões (R$ 507 bilhões), como parte de um pacote de acordos que serão assinados em julho, em Washington.
A medida é vista como uma proteção contra a perspectiva de uma segunda presidência de Donald Trump nos Estados Unidos; observadores especulam que Trump acabaria com o apoio dos EUA à Ucrânia e possivelmente reduziria o financiamento para a OTAN.
"Foi apresentada uma proposta. Eram três áreas muito importantes, mas ainda estão numa fase inicial e seria prematuro expressar qualquer posição sobre elas", disse Blanar aos repórteres. "No final da discussão, o secretário-geral [da OTAN] afirmou que, apesar do enorme apoio dos parceiros sob o envio de sistemas letais e não letais, isto não é suficiente, a Ucrânia precisa de mais [apoio]."
"É cedo para falar de detalhes, mas a nossa posição, que certamente promoveremos, é que mesmo que apoiemos estas iniciativas, [o apoio] não estará relacionado com o fornecimento de armas, porque indicamos especificamente que não apoiaremos fornecimentos de armas provenientes dos depósitos do Exército eslovaco ou do orçamento da república", acrescentou.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, rejeitou recentemente a interferência europeia no conflito ucraniano, instando o parlamento da Eslováquia a aprovar uma resolução contra o envio de tropas para a Ucrânia.